O processo vitalício de
desenvolvimento inclui os domínios físico, cognitivo e psicossocial (1).
O desenvolvimento cognitivo compreende as diferentes capacidades mentais, tais
como percepção, atenção, memória, pensamento, linguagem, aprendizagem,
julgamento moral, criatividade. Dentro desse domínio do desenvolvimento estão
também as funções executivas, que “referem-se, de forma geral, à capacidade do
sujeito de engajar- se em comportamentos orientados a objetivos, ou seja, à
realização de ações voluntárias, independentes, autônomas, auto-organizadas e
orientadas para metas específicas” (3). Todas essas capacidades
mentais estão intimamente relacionadas ao crescimento físico e à competência
socioemocional.
Portanto, estar atento às
crianças em seus primeiros anos de vida é fundamental. As vivências, as
oportunidades, os estímulos e as aprendizagens desse período vão nortear todo
processo de desenvolvimento. Além disso, a sensibilidade para atender às
necessidades do bebê, o afeto dedicado à criança, a orientação, o interesse
e a valorização dos cuidadores nessa fase inicial contribuem para a
consolidação do sentimento de segurança e de uma autoestima adequada. Fatores
estes que favorecem a aprendizagem.
Além disso, é essencial ao
desenvolvimento a participação da criança em diferentes contextos sociais, como
a família estendida, a comunidade onde vive, a escola. Neste espaço
especificamente, a criança interage com um novo mundo, repleto de
possibilidades, mas sem o aconchego familiar. Assim, ela já começa a trilhar
sua própria trajetória, conquistando, a cada dia, novas habilidades e autonomia.
Referências
Bibliográficas
(1) PAPALIA,
D.; OLDS, S.W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. 8. ed. Porto
alegre: Artmed, 2006.
(2) MECCA,
T. P., ANTONIO, D. A. M., MACEDO, E. C. Desenvolvimento da inteligência
em pré-escolares: Implicações para a aprendizagem. Revista de
Psicopedagogia, 29 (88), 66-73, 2012
(3) GODOY,
S., DIAS, N. M., TREVISAN, B. T., MENEZES A., SEABRA, A. G. Concepções
teóricas acerca das funções executivas e das altas habilidades. Cadernos
de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, 10 (1), p. 76-85, 2010.
